Com o mote “Des.Osório Ramos desprezou os servidores do TJSE e ficou ao lado dos Marajás”, SINDIJUS conta as horas para o término da atual gestão do TJSE.
O segundo
semestre de 2012 foi marcado por uma intensa pressão dos servidores concursados
do TJSE em relação às reivindicações contidas dentro da Campanha Salarial, que
entre outras questões, envolvia um debate claro e inédito sobre um novo modelo
de Judiciário, pautado pela moralização e justiça dentre das relações de
trabalho e no combate ferrenho aos “supersalários”, incorporações e aos altos
valores de CCs, dentro do TJSE.
Para isso,
compreendendo que qualquer conquista perpassa pelo apoio da opinião pública, o
SINDIJUS investiu no diálogo direto com a sociedade através de uma campanha que
construiu em um personagem, todo o significado das injustiças no TJSE, o
Marajá.
A partir de
outubro, de forma concomitante, durante as negociações que ocorriam dentro do
Tribunal de Justiça de Sergipe, o sindicato fortaleceu uma campanha midiática
que questionava o Presidente do Tribunal de Justiça sobre sua posição em
relação a atual estrutura administrativa, financeira e de pessoal do TJSE.
Em resposta à
pressão social, o Des Osório Ramos, Presidente do TJSE, optou por
autoritariamente romper os diálogos e manteve a estrutura atual do tribunal,
afundada em disparidades salariais gritantes, desprezando as reivindicações que
já não mais pertenciam somente aos servidores concursados do TJSE, mas a toda
sociedade, que entendeu e absorveu a pauta da moralização do Judiciário
sergipano como sua também.
Diante dessa
postura do Des. Osório Ramos, o SINDIJUS inicia o ano de 2013 evidenciando em
que lado o Presidente do TJSE resolveu ficar. Outdoors, spots de rádio e
anúncios na televisão irão traduzir, nas próximas semanas, o grito de
indignação dos servidores e da sociedade, sobre a posição da gestão do TJSE,
que está prevista para se encerrar no dia 06 de fevereiro. Além disso, o
sindicato manterá no site e nas redes sociais um contador diário, computando
quantos dias faltam para o fim do mandato do desembargador que marcou de forma
profundamente negativa as relações de diálogo entre a organização dos trabalhadores
e a gestão Tribunal de Justiça.
“Os
servidores efetivos construíram coletivamente uma pauta que deu ao Des. Osório
Ramos a real possibilidade de mudar o rumo da história do TJSE, mas ele
ignorou, em prol da manutenção dessa estrutura injusta e anti-democrática,
enraizada no Tribunal de Justiça de Sergipe, que mantém distorções salariais
absurdas, entre cargos em comissão e concursados. Assim como há alguns meses
atrás perguntamos qual seria o lado do Des. Osório, agora mostraremos para toda sociedade que o
Presidente do TJSE preferiu ficar ao lado dos Marajás, recusando-se a moralizar
o Judiciário sergipano”, afirma o analista judiciário Gilvan Tavares, diretor
de Formação Sindical do SINDIJUS.