Desde
a criação do auxílio alimentação para juízes e desembargadores do TJSE, no
final do ano passado, em um valor quase 50% acima dos servidores concursados,
sem descontos e ainda de forma retroativa ao ano de 2004, o SINDIJUS Sergipe
vem questionando publicamente mais um ato de distorção e injustiça cometido
contra os servidores efetivos do Tribunal de Justiça de Sergipe e contra a
sociedade.
Essa
é mais uma ação do atual Presidente do TJSE, o Des. Osório Ramos, que comprova
o discurso do SINDIJUS, ou seja, que um reajuste salarial digno para os
servidores concursados do TJSE estaria muito mais a mercê da vontade política
de reestruturar e moralizar a estrutura administrativa do TJSE, do que da
“escassez financeira” defendida pelo quadro técnico do tribunal.
Compreendendo
que essa questão não envolve só os servidores do TJSE, mas sim a sociedade como
um todo, que pagará milhões por essa conta, nos últimos dias, a direção do
SINDIJUS se pronunciou, por diversos órgãos da imprensa, mostrando os valores
injustificáveis que envolvem o lançamento desse novo auxílio-alimentação para
os juízes e desembargadores do TJSE, não só na desigualdade do valor em relação
aos servidores, mas como em relação ao pagamento retroativo do benefício.
De
bate e pronto, a denúncia ganhou repercussão no maior jornal semanário de
Sergipe e em diversos programas do radio-jornalismo deste Estado, todos com um
só tom, a indignação sobre o pagamento retroativo e a discrepância dos valores
no auxílio-alimentação dos juízes em relação ao dos servidores, dentro do mesmo
órgão, o TJSE.
Para
Vagner Nascimento, diretor do SINDIJUS, a repercussão desse caso na imprensa
sergipana mostra que nesta última Campanha a indignação sobre as injustiças
dentro do TJSE saiu das paredes de mármore do tribunal e ganhou as ruas.
“Está
claro que a sociedade condena essa prática que vem sendo adotada pelo TJSE,
criando privilégios para aqueles que são benquistos da cúpula, enquanto a
grande maioria dos servidores é excluída de uma política de valorização justa e
digna. E mais, como explicar milhões sendo pagos de auxílio-alimentação, de
forma retroativa, sem os descontos impostos aos servidores, para ocupantes de
um cargo que tem um dos maiores salários no Brasil? Isso, de fato, é um soco no
estomago para a classe trabalhadora como um todo, que o tempo inteiro ouve dos
patrões e gestores o discurso da falta de recursos financeiros para
valorizá-los. Por isso, o SINDIJUS em nenhum momento hesitará em se manifestar
publicamente, em colocar a opinião que temos coletado nos fóruns, exprimida
pelos servidores na base, essa sempre será a nossa prática”, defende Vagner do
Nascimento.
Durante
a última semana, representantes do SINDIJUS deram entrevistas sobre os valores
e distorções que envolvem o auxílio-alimentação dentro do TJSE no jornal
Cinform, Ilha FM, Rádio Cultura e Rádio Jornal.