19 novembro, 2010

Capacidade de mobilização e negociação é marca da chapa Sindicato é Pra Lutar

    Candidato a Presidente do SINDISERJ pela chapa Sindicato é Pra Lutar, Plínio fala sobre os principais desafios da categoria de servidores do Judiciário, a necessidade de fortalecimento da entidade sindical para o avanço das conquistas e faz um breve histórico da sua atuação em defesa dos/as trabalhadores/as.
    Nesta entrevista, Plínio reforça o princípio da coletividade que norteia a chapa Sindicato é Pra Lutar, se mostra um militante com capacidade e histórico de negociação, mobilização e luta em defesa dos/as servidores/as do Judiciário sergipano.
    Confira a entrevista.
O que te move a assumir essa tarefa, de se tornar o dirigente de uma entidade como o SINDISERJ?
Plínio: "a minha candidatura para presidente do sindicato representa o cumprimento de uma decisão coletiva. Tenho plena consciência da importância desta tarefa e estou à disposição para contribuir para avançarmos coletivamente rumo a conquistas para os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe.
    Temos uma prática de atuação sindical coletiva durante esses 5 anos de MSPL. Somos companheiros e companheiras movidos pelo engajamento na luta, demonstrando, nesse período, a combinação de mobilização da categoria com a capacidade de negociação, a exemplo das comissões de negociação que atuamos."
Quais são os principais desafios da categoria para os próximos anos?
Plínio: "Temos hoje um quadro de servidores que é reconhecido nacionalmente pela sua eficiência, mas apresenta, contraditoriamente, grandes distorções salariais entre os efetivos (concursados) e os ocupantes de cargos comissionados, que recebem altos salários, bem como distorções com relação a outros tribunais de justiça do país e o Judiciário Federal. Além disso, importantes direitos históricos da categoria foram retirados pelo TJ, como a URV e os interníveis, que resultaram em processos judiciais que tramitam há décadas, porque não havia um sindicato atuante para ir às ruas na época em que estes direitos foram atacados; trata-se de questões fundamentais para serem resolvidas.
    Trataremos também de questões específicas, como o achatamento da carreira imposto pelo TJ; a concessão do auxílio-alimentação nas férias e licenças; a insalubridade e periculosidade para analistas e técnicos; a situação dos oficiais de justiça que foram enquadrados no cargo de técnico judiciário; e o tratamento discriminatório do TJ a escrivães, agentes judiciários e oficiais de justiça que foram colocados no quadro de extinção. 
Mesa de negociação
    No que se refere às condições de trabalho, há também de se democratizar as relações no sentido de combater o assédio moral. Há ainda outras como atender às reivindicações específicas frutos das condições de trabalho a que estão submetidos os analistas, oficiais de justiça e executores de mandados."
Relate-nos um pouco da sua história de luta junto à categoria. Quais foram os principais momentos históricos que você participou que propiciou uma mudança na realidade dos servidores do judiciário?
MSPL em manifestação pública
Plínio: "Ao entrar na categoria, identifiquei que tínhamos um sindicato atrelado ao patrão, ao TJ. E com muita organização e mobilização, a categoria levou o sindicato a ter autonomia frente ao Tribunal. Eu tive a oportunidade de participar ativamente da construção desse processo, junto com os demais companheiros do MSPL.
    Do ponto de vista pessoal, foi fundamental eu ter recebido por duas vezes o referendo da categoria para representá-la em mesas de negociação. Em 2008, ao final dos trabalhos da negociação, o fruto da nossa negociação  foi referendada pela assembléia da categoria, mas, com direito a tropa de choque, o Pleno do TJ rejeitou o que fora negociado. Desta última vez, neste ano, tivemos posição firme na negociação em defesa dos direitos da categoria, mas o TJ elaborou unilateralmente o achatamento da carreira de alguns cargos, ao qual nos opomos com veemência desde o primeiro momento."