Candidato a Presidente do SINDISERJ pela chapa Sindicato é Pra Lutar, Plínio fala sobre os principais desafios da categoria de servidores do Judiciário, a necessidade de fortalecimento da entidade sindical para o avanço das conquistas e faz um breve histórico da sua atuação em defesa dos/as trabalhadores/as.
Nesta entrevista, Plínio reforça o princípio da coletividade que norteia a chapa Sindicato é Pra Lutar, se mostra um militante com capacidade e histórico de negociação, mobilização e luta em defesa dos/as servidores/as do Judiciário sergipano.
Confira a entrevista.
O que te move a assumir essa tarefa, de se tornar o dirigente de uma entidade como o SINDISERJ?
Confira a entrevista.
O que te move a assumir essa tarefa, de se tornar o dirigente de uma entidade como o SINDISERJ?
Plínio: "a minha candidatura para presidente do sindicato representa o cumprimento de uma decisão coletiva. Tenho plena consciência da importância desta tarefa e estou à disposição para contribuir para avançarmos coletivamente rumo a conquistas para os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe.
Temos uma prática de atuação sindical coletiva durante esses 5 anos de MSPL. Somos companheiros e companheiras movidos pelo engajamento na luta, demonstrando, nesse período, a combinação de mobilização da categoria com a capacidade de negociação, a exemplo das comissões de negociação que atuamos."
Quais são os principais desafios da categoria para os próximos anos?
Plínio: "Temos hoje um quadro de servidores que é reconhecido nacionalmente pela sua eficiência, mas apresenta, contraditoriamente, grandes distorções salariais entre os efetivos (concursados) e os ocupantes de cargos comissionados, que recebem altos salários, bem como distorções com relação a outros tribunais de justiça do país e o Judiciário Federal. Além disso, importantes direitos históricos da categoria foram retirados pelo TJ, como a URV e os interníveis, que resultaram em processos judiciais que tramitam há décadas, porque não havia um sindicato atuante para ir às ruas na época em que estes direitos foram atacados; trata-se de questões fundamentais para serem resolvidas.
Trataremos também de questões específicas, como o achatamento da carreira imposto pelo TJ; a concessão do auxílio-alimentação nas férias e licenças; a insalubridade e periculosidade para analistas e técnicos; a situação dos oficiais de justiça que foram enquadrados no cargo de técnico judiciário; e o tratamento discriminatório do TJ a escrivães, agentes judiciários e oficiais de justiça que foram colocados no quadro de extinção.
Mesa de negociação |
No que se refere às condições de trabalho, há também de se democratizar as relações no sentido de combater o assédio moral. Há ainda outras como atender às reivindicações específicas frutos das condições de trabalho a que estão submetidos os analistas, oficiais de justiça e executores de mandados."
Relate-nos um pouco da sua história de luta junto à categoria. Quais foram os principais momentos históricos que você participou que propiciou uma mudança na realidade dos servidores do judiciário?
Plínio: "Ao entrar na categoria, identifiquei que tínhamos um sindicato atrelado ao patrão, ao TJ. E com muita organização e mobilização, a categoria levou o sindicato a ter autonomia frente ao Tribunal. Eu tive a oportunidade de participar ativamente da construção desse processo, junto com os demais companheiros do MSPL.
MSPL em manifestação pública |
Do ponto de vista pessoal, foi fundamental eu ter recebido por duas vezes o referendo da categoria para representá-la em mesas de negociação. Em 2008, ao final dos trabalhos da negociação, o fruto da nossa negociação foi referendada pela assembléia da categoria, mas, com direito a tropa de choque, o Pleno do TJ rejeitou o que fora negociado. Desta última vez, neste ano, tivemos posição firme na negociação em defesa dos direitos da categoria, mas o TJ elaborou unilateralmente o achatamento da carreira de alguns cargos, ao qual nos opomos com veemência desde o primeiro momento."