12 novembro, 2012

Os tapumes do TJSE causam repercussão na mídia nacional

Além da repercussão na imprensa local, o ato público realizado pelo SINDIJUS, em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), para registrar os 18 anos sem solução do processo das URVs e o protesto contra a criminalização das greves, no qual o Tribunal de Justiça de Sergipe tentou calar os trabalhadores, na última segunda-feira (5), foi repercutido nacionalmente nos principais veículos de comunicação que contrapõem a mídia burguesa, neste país: Caros Amigos, Brasil de Fato e Correio da Cidadania.

Os tapumes vistos na Praça Fausto Cardoso, separando os humanos mortais daqueles que estão acima do bem e do mal, aqueles que julgam, mas não podem ser julgados, foi notícia na imprensa nacional. Sites, dentre os mais progressistas do país que comunicam a partir da ótica inversa dos veículos conservadores, pautaram na opinião pública nacional o símbolo do autoritarismo e da truculência do Poder Judiciário no Brasil, tendo como palco a praça em frente ao palácio do Tribunal de Justiça de Sergipe.

Poucas vezes na história de Sergipe, uma ação repressora ao movimento sindical teve a repercussão nacional, como o Ato do dia 5 de novembro, data que, inegavelmente, entrou para a história de resistência dos trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário Sergipano, assim como de toda a classe trabalhadora deste estado, que mesmo sob a mira impiedosa do Poder Judiciário, com seus homens fardados e helicópteros vigilantes, não puderam impedir a manifestação, muito menos calar o grito por democracia e justiça.

“Para nós, a repercussão do Ato do ‘Aniversário das URVs e Contra a Criminalização das Greves’, mostra que a sociedade não vê mais o Judiciário como aquele Poder inquestionável. A população já enxerga a necessidade de profundas mudanças na Justiça brasileira, que até aqui permaneceu completamente fora do processo de democratização do país. E vemos que a sociedade já começa a condenar as praticas autoritárias e ditatoriais daqueles que não conseguem compreender e traduzir os anseios da classe trabalhadora, como vimos a partir da cena da construção do muro de metal, erguido na Praça Fausto Cardoso, com o intuito de separar o Judiciário da população. Agora, enquanto trabalhadores que sofrem diretamente as consequências das práticas totalitárias neste Poder, temos o dever de continuar a luta para a construção de um novo modelo para o Judiciário no Brasil”, afirma o diretor do SINDIJUS, Plinio Pugliesi.

Confira as matérias publicadas sobre a repressão do ato em conjunto, do SINDIJUS e da CUT, nos principais portais de jornalismo no Brasil:

Imprensa Nacional
Brasil de Fato
Caros Amigos
Correio da Cidadania