Além da repercussão na imprensa local, o ato público
realizado pelo SINDIJUS, em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores
(CUT), para registrar os 18 anos sem solução do processo das URVs e o protesto
contra a criminalização das greves, no qual o Tribunal de Justiça de Sergipe
tentou calar os trabalhadores, na última segunda-feira (5), foi repercutido
nacionalmente nos principais veículos de comunicação que contrapõem a mídia
burguesa, neste país: Caros Amigos, Brasil de Fato e Correio da Cidadania.
Os tapumes vistos na Praça Fausto Cardoso, separando os
humanos mortais daqueles que estão acima do bem e do mal, aqueles que julgam,
mas não podem ser julgados, foi notícia na imprensa nacional. Sites, dentre os
mais progressistas do país que comunicam a partir da ótica inversa dos veículos
conservadores, pautaram na opinião pública nacional o símbolo do autoritarismo
e da truculência do Poder Judiciário no Brasil, tendo como palco a praça em
frente ao palácio do Tribunal de Justiça de Sergipe.
Poucas vezes na história de Sergipe, uma ação repressora ao
movimento sindical teve a repercussão nacional, como o Ato do dia 5 de
novembro, data que, inegavelmente, entrou para a história de resistência dos
trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário Sergipano, assim como de toda a
classe trabalhadora deste estado, que mesmo sob a mira impiedosa do Poder
Judiciário, com seus homens fardados e helicópteros vigilantes, não puderam
impedir a manifestação, muito menos calar o grito por democracia e justiça.
“Para nós, a repercussão do Ato do ‘Aniversário das URVs e
Contra a Criminalização das Greves’, mostra que a sociedade não vê mais o
Judiciário como aquele Poder inquestionável. A população já enxerga a
necessidade de profundas mudanças na Justiça brasileira, que até aqui
permaneceu completamente fora do processo de democratização do país. E vemos
que a sociedade já começa a condenar as praticas autoritárias e ditatoriais
daqueles que não conseguem compreender e traduzir os anseios da classe
trabalhadora, como vimos a partir da cena da construção do muro de metal,
erguido na Praça Fausto Cardoso, com o intuito de separar o Judiciário da
população. Agora, enquanto trabalhadores que sofrem diretamente as
consequências das práticas totalitárias neste Poder, temos o dever de continuar
a luta para a construção de um novo modelo para o Judiciário no Brasil”, afirma
o diretor do SINDIJUS, Plinio Pugliesi.
Confira as matérias publicadas sobre a repressão do ato em
conjunto, do SINDIJUS e da CUT, nos principais portais de jornalismo no Brasil:
Imprensa Nacional
Brasil de Fato
Caros Amigos
Correio da Cidadania