08 setembro, 2010

MSPL leva indignação dos servidores do TJ ao 16º Grito dos Excluídos

    O Grito dos Excluídos deste ano traz como tema o seguinte questionamento: “Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular!”
    O dia 7 de setembro, dia da Pátria, é também dia em que o Estado Brasileiro promove em todas as cidades do país desfiles cívicos para comemorar a independência do Brasil. É exatamente na contramão dessa “comemoração” tradicional que o Grito dos Excluídos caminha há 15 anos.
    A organização do Grito dá-se de forma popular e foi iniciado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e, logo, acompanhada por várias outros movimentos, entidades, sindicatos e pastorais sociais. O Grito tem como objetivo exibir as desigualdades que assolam este país e as contradições do sistema capitalista, assim, protestando contra a política da miséria que é sustentada pelo Estado Brasileiro e que tem seus sintomas patentemente demonstrados na pobreza, na fome, no desemprego, na violência, na pobreza e no tratamento desumano e excludente a homens e mulheres.
    Em Sergipe, a manifestação ocorreu nesta terça-feira, 07/09, durante a apresentação dos desfiles nas ruas do Centro até a Av. Barão de Maruim. Diversos movimentos sociais como a CUT, sindicatos, movimentos estudantis e sociais, Consulta Popular, MST, MOTU, participaram do Grito dos Excluídos. O MSPL – Movimento Sindicato é Pra Lutar mais uma vez levou a solidariedade dos servidores do TJSE ao ato, também fazendo coro junto com os diversos atores sociais presentes, na luta pela reforma agrária, contra a violência, enfim, por justiça social.
    Para Plínio Pugliesi, servidor do TJSE, "o momento também serve para colocar em evidência as lutas dos trabalhadores do Judiciário Sergipano contra as desigualdades fincadas no seio administrativo do TJ, onde altos valores são pagos aos ocupantes de cargos em comissão e, contraditoriamente, os servidores que ingressaram mediante concurso público recebem um dos mais baixos salários do âmbito do Judiciário deste país."
    O ato foi marcado pela reflexão, que foi a idéia central que o movimento pretendeu reproduzir, e pelos que acreditam que é necessário estabelecer poder popular, vindo do povo, para que seja conquistada a soberania da população e, somente dessa forma, a verdadeira independência do Brasil.