14 junho, 2010

Categoria comprova que tem disposição para diálogo, mas TJ se mantém intransigente

    Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, na tarde de hoje, se reuniram mais uma vez em Assembléia Geral para conhecerem os últimos informes e deliberarem sobre a negociação salarial.
    Foi informado pelos representantes dos servidores na Comissão de Negociação que, na reunião de hoje, pela manhã, na mesa de negociação, o representante do TJ e Presidente da Comissão afirmou que os valores salariais propostos pelos servidores, na semana passada, estão dentro dos recursos disponibilizados pelo Tribunal - quais sejam, R$ 665,00 nos vencimentos básicos, que correspondem a R$ 1 milhão quando adicionados os triênios e adicionais de um terço. Contudo, de forma absolutamente intransigente e injustificada, o Presidente da Comissão disse que o TJ não aceita os números propostos pelos trabalhadores, em virtude dos percentuais de interníveis serem os que atualmente percebemos.
    A proposta apresentada pelos servidores, na semana passada, foi aprovada pela Assembléia Geral da categoria e reduziu os valores da proposta anteriormente feita pelo TJ, com o objetivo de garantir a manutenção dos atuais percentuais de interníveis.
    Vale ressaltar que, na mesa de negociação, já havia sido decidido que, diante da elevada quantidade de divergências existentes e o escasso lapso temporal para aprovação do projeto de lei na ALESE, neste primeiro momento, as negociações somente iriam tratar do reajuste salarial e que a discussão do Plano de Carreira (PCS) ficaria para uma próxima fase. 
    Ocorre que, no final da semana passada, o TJ surpreendeu os representantes dos servidores na mesa e apresentou uma proposta de PCS, descumprindo totalmente o que já havia sido decidido e registrado em ata pela Comissão de Negociação. E, como se não bastasse, a proposta do Tribunal traz um texto integralmente reacionário, que extirpa dos servidores do TJ os direitos que foram conquistados com muita luta pelos trabalhadores deste Estado (ex: remoção, licenças, etc).  
    Para a manhã de hoje, além da reunião da Comissão de Negociação, ainda estava marcada uma reunião entre a Presidência do TJ e o Sindiserj, todavia, esta não aconteceu, porque o Presidente do Tribunal não recebeu os representantes do sindicato.
    Quarta-feira, ocorrerá a próxima reunião da Comissão de Negociação e, provavelmente, na quinta-feira, o Sindiserj se reunirá com a Presidência do TJ. Para avaliar e deliberar sobre os informes que surgirão dessas reuniões, ora marcadas, ficou designada a próxima Assembléia Geral para sexta-feira, às 15 horas, no auditório do Sindicato dos Bancários.
    Este momento está sendo decisivo para a jornada por justiça salarial que percorremos até aqui, por isso, a presença de todos os servidores na Assembléia Geral é fundamental para se garantir que sejam decididos encaminhamentos amplamente representativos e democráticos.