Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, na tarde de hoje, se reuniram mais uma vez em Assembléia Geral para conhecerem os últimos informes e deliberarem sobre a negociação salarial.
Foi informado pelos representantes dos servidores na Comissão de Negociação que, na reunião de hoje, pela manhã, na mesa de negociação, o representante do TJ e Presidente da Comissão afirmou que os valores salariais propostos pelos servidores, na semana passada, estão dentro dos recursos disponibilizados pelo Tribunal - quais sejam, R$ 665,00 nos vencimentos básicos, que correspondem a R$ 1 milhão quando adicionados os triênios e adicionais de um terço. Contudo, de forma absolutamente intransigente e injustificada, o Presidente da Comissão disse que o TJ não aceita os números propostos pelos trabalhadores, em virtude dos percentuais de interníveis serem os que atualmente percebemos.
A proposta apresentada pelos servidores, na semana passada, foi aprovada pela Assembléia Geral da categoria e reduziu os valores da proposta anteriormente feita pelo TJ, com o objetivo de garantir a manutenção dos atuais percentuais de interníveis.
Vale ressaltar que, na mesa de negociação, já havia sido decidido que, diante da elevada quantidade de divergências existentes e o escasso lapso temporal para aprovação do projeto de lei na ALESE, neste primeiro momento, as negociações somente iriam tratar do reajuste salarial e que a discussão do Plano de Carreira (PCS) ficaria para uma próxima fase.
Ocorre que, no final da semana passada, o TJ surpreendeu os representantes dos servidores na mesa e apresentou uma proposta de PCS, descumprindo totalmente o que já havia sido decidido e registrado em ata pela Comissão de Negociação. E, como se não bastasse, a proposta do Tribunal traz um texto integralmente reacionário, que extirpa dos servidores do TJ os direitos que foram conquistados com muita luta pelos trabalhadores deste Estado (ex: remoção, licenças, etc).
Para a manhã de hoje, além da reunião da Comissão de Negociação, ainda estava marcada uma reunião entre a Presidência do TJ e o Sindiserj, todavia, esta não aconteceu, porque o Presidente do Tribunal não recebeu os representantes do sindicato.
Quarta-feira, ocorrerá a próxima reunião da Comissão de Negociação e, provavelmente, na quinta-feira, o Sindiserj se reunirá com a Presidência do TJ. Para avaliar e deliberar sobre os informes que surgirão dessas reuniões, ora marcadas, ficou designada a próxima Assembléia Geral para sexta-feira, às 15 horas, no auditório do Sindicato dos Bancários.
Este momento está sendo decisivo para a jornada por justiça salarial que percorremos até aqui, por isso, a presença de todos os servidores na Assembléia Geral é fundamental para se garantir que sejam decididos encaminhamentos amplamente representativos e democráticos.