Desde o dia 28 de abril em greve, os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo estão tendo uma resistência exemplar em defesa dos direitos dessa categoria que presta serviços meritórios à população daquele estado. Esses trabalhadores estão há dois anos sem reposição das perdas salariais e com duas datas-base sem reajustes.
As reivindicações desse movimento paredista, não se limitam à questão salarial; denunciam também o descaso dos gestores do Tribunal de Justiça com as condições de trabalho e em relação à qualidade do atendimento à população paulista e estão sendo revelados ainda diversos casos de assédio moral.
Além da cúpula do TJSP, agora, o governo tucano, que reina por lá há quase duas décadas, tenta desqualificar o movimento dos trabalhadores, argumentando que a mobilização dos trabalhadores tem “interesse político”, conforme dito à imprensa pelo secretário da Casa Civil de SP.
Assim sendo, percebe-se que virou hábito nacional dos gestores/exploradores falarem que todas as manifestações de organização dos servidores “é política”. Por aqui pelas bandas de Sergipe d'el-Rei também já vimos o TJ ensaiar tal desqualificação nos nossos movimentos paredistas.
Tanto os doutores do Judiciário quanto os coronéis dos demais poderes precisam compreender que política é sim, mas política sindical para dirimir as mazelas sociais criadas ao longo da história por eles próprios. E sobre a greve ou “política”, se assim preferirem chamar, dos servidores do TJSP, sobram razões que a justifiquem, vez que trata-se de uma luta por consideração aos seus trabalhadores e pelo respeito aos cidadãos paulistas.
A imagem acima retrata servidores do TJSP reunidos em assembléia, deliberando pela continuidade da greve.
A imagem acima retrata servidores do TJSP reunidos em assembléia, deliberando pela continuidade da greve.