17 maio, 2010

No oitavo dia em greve, a categoria realiza ato público e decide que a greve continua

    Hoje, os servidores do TJSE realizaram ato público pela "Democratização do Judiciário", em protesto contra as ações que prejudicam a organização dos trabalhadores, ultimamente praticadas pelo TJ.
    Durante o ato, os servidores em greve contaram com manifestações de apoio do Deputado Iran Barbosa e dos companheiros da CUT, Sindiminas, Sindicato dos Comerciários de Estância, Sindicato dos Vigilantes, Sindicato dos Jornalistas, Movimento Atitude e da Defendoria Pública Estadual.
    Após o ato, os dirigentes sindicais, acompanhados de alguns servidores da base e da Deputada Ana Lúcia, procuraram a Presidência do TJ para, mais uma vez, reivindicarem a abertura das negociações do PCS, bem como a compensação dos dias não-trabalhados pelos servidores durante o período grevista. - conforme proposto pelo MSPL na assembléia anterior.
    Novamente, o TJSE adotou uma postura intransigente e demonstração de atitudes completamente anti-sindicais, recusando-se, injustificadamente, a dialogar com os integrantes da entidade sindical que lhe procuraram.
    A Dep. Ana Lúcia, que foi autorizada pela diretoria do sindicato a falar com o Presidente do TJ, informou que o TJ reafirma a posição de instituir uma comissão para elaboração de um PCS caso a greve seja encerrada.
    A tarde, os servidores reunidos em assembléia geral decidiram continuar em greve face a denegação do TJ em negociar o corte de ponto pelos dias não-trabalhados pelos servidores durante o movimento paredista.
    A assembléia geral da categoria aprovou ainda os seguintes encaminhamentos propostos pelo MSPL - Movimento Sindicato é Pra Lutar:
a) Que o TJSE elabore uma resolução, que se transforme em projeto de lei, estipulando o prazo de 30 dias para conclusão de um PCS e antecipe, desde já, a parte do PCS que trata da criação de uma Gratificação Judiciária, de modo que assegure um benefício imediato para os servidores que não recebam remuneração de cargos em comissão, funções, representação de gabinete, nem incorporação, que, atualmente, são os grandes prejudicados na estrutura remuneratória do TJ.
b) Que, após o encerramento da greve, o Sindiserj convoque os servidores filiados para comprovarem os descontos salariais sofridos por conta dos dias não-trabalhados e, por conseguinte, a direção do sindicato apresente um projeto de criação de um "fundo pós-greve" para ressarcir os prejuízos sofridos pelos companheiros que lutaram e construiram esta greve.